Bleisure – modismo ou realmente vale a pena?
Popularizado recentemente, Bleisure é um termo em inglês, originado pela união das palavras “business” (negócios) e “leisure” (lazer), que tem sido utilizado para caracterizar um novo tipo de viagem corporativa, que une lazer e trabalho de forma conveniente. Tendência no cenário internacional, o conceito tem sido cada vez mais adotado por empresas brasileiras.
Mas como e por que esse conceito pode ser benéfico para viajantes e empresas?
- Porque muitas vezes traz uma experiência mais positiva para os funcionários e também pode reduzir o custo das passagens aéreas. Nessas viagens, os bilhetes costumam ser 25% mais baixos, pois são em um final de semana em vez de um dia da semana.
- Manter os funcionários felizes e empenhados contribui para o crescimento da empresa, gera motivação para bater metas e melhora consideravelmente a produtividade e os resultados de negociações.
- Cada vez mais as empresas estão investindo em seus colaboradores. As viagens que unem lazer e trabalho são um exemplo disso. É uma forma de incentivar os colaboradores, e melhorar o desempenho diante do mercado de trabalho.
- Para o viajante as vantagens é que ele irá visitar pontos históricos, interagir com a cultura local, apreciar as paisagens, praticar um idioma e, claro, relaxar. Uma oportunidade de unir o útil ao agradável com custos reduzidos.
Com todos esses benefícios, a viagem deixa de ser apenas uma obrigação de trabalho e se transforma em um pacote com obrigações formais e descanso em um lugar diferente do ambiente corporativo que se está acostumado.
No fim das contas, aplicar o conceito de bleisure em uma empresa pode ser um investimento e tanto, valorizando o equilíbrio da vida profissional e pessoal, além de permitir pequenas economias entre uma viagem e outra.
Misturar lazer e trabalho na maioria das vezes dá certo. É o que mostra um estudo feito pela UEL (University of East London) e encomendado pelo aeroporto de Londres. A pesquisa revela que viajantes corporativos se sentem mais produtivos quando praticam bleisure.
O levantamento mostra que 61% dos entrevistados dizem se tornar mais produtivos após viagens que incluam momentos de descontração e diversão. Das pessoas entrevistadas, 36% prolongaram sua viagem de negócios para atividades de lazer.
Durante uma viagem corporativa na qual realizaram bleisure 54% dos viajantes tiveram a companhia de um membro da família ou amigo.
“Esses benefícios incluem uma mentalidade positiva ao retornar ao trabalho, o compartilhamento de boas experiências com os colegas e a contribuição para o equilíbrio da vida profissional”, comenta o dr. Nazia Ali, coautor do relatório e palestrante sênior em Gestão de Eventos e Lazer na UEL.
Porém, 71% dos entrevistados alegam que não têm a permissão de seus gestores para praticar o bleisure. “Essa pesquisa sugere que muitas empresas não têm políticas formais em vigor sobre quando e como os funcionários podem adicionar elementos de lazer às suas viagens de negócios. Essa é uma oportunidade para que os departamentos de RH entrem em ação, estimulando políticas como essas para que os empregadores valorizem ainda mais o equilíbrio entre vida profissional e pessoal de seus funcionários”, comenta o diretor de Recursos Humanos do aeroporto de Londres, Michael Spiers.
Seguindo esta linha, isso acaba incutindo na mentalidade do colaborador, um sentimento de culpa. Em uma pesquisa recente, realizada pela Hilton Hotels & Resorts, revelou que 46% dos viajantes corporativos se sentem culpados por praticar o bleisure, durante suas viagens.
Embora muitos se sintam culpados, estender uma viagem de negócios e aproveitar a oportunidade para conhecer o lugar ou seguir viajando é, no entanto, uma vontade de 69% dos entrevistados. Já 44% das pessoas ouvidas não têm certeza de como seus gestores irão reagir, caso esses pratiquem bleisure e acabam ficando receosos.
Alguns fatores são motivos de tensão: por não entenderem bem a política de viagem, 43% das pessoas ouvidas terminam devendo dinheiro a empresa. Já 44% dos entrevistados acabam ganhando peso em viagens corporativas. A pesquisa mostra ainda que 38% se sentem estressados por não poder aproveitar o fim de semana em suas viagens a trabalho.
Por outro lado, 56% admitem criar motivos para viajar a negócios, já para 39% dos entrevistados viajar é tão essencial, que recusam um trabalho que não ofereça essa possibilidade. Enquanto isso, 81% alegam render mais em reuniões presenciais e 75% acabam fazendo amigos enquanto viajam a trabalho.
Como podemos ver, temos mais oportunidades e vantagens para as empresas que proporcionam a aplicação do Bleisure em uma viagem corporativa para os seus colaboradores. Isso, além de ser uma estratégica de retenção de talentos poderosa, ainda mais para a geração Y, pode ser algo extremamente favorável ao aumento da produtividade.
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Fontes: Hilton, Buying Business Travel.
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