A perspectiva da indústria de Eventos para 2021
No Brasil, um dos ditados mais famosos que existem é aquele que diz: “Só damos valor a algo quando o perdemos”. Esse é o dito popular que, talvez, melhor descreva o que muitas pessoas sentiram em relação a atividades corriqueiras no período da pandemia. De uma hora para outra, por exemplo, shows e viagens se tornaram impossíveis. E, de uma hora para outra, passamos a dar muito valor a eventos digitais.
Claro, existem pessoas que não enxergam dessa forma. Para elas, festas e eventos não são tão importantes assim, sendo possível passar longos períodos sem nada relacionado. Porém, um vídeo feito por profissionais do setor mostra que a relevância da indústria de eventos vai além das festas e entretenimento.
Segundo os especialistas, o setor de eventos é responsável por 13% do PIB brasileiro, além de ser o segmento que traz retorno econômico em menor espaço de tempo para o país. Por isso, shows, palestras, congressos e o turismo em geral são extremamente necessários para o Brasil.
Então, para entender mais sobre essa situação, a seguir, abordaremos as dificuldades que as empresas do setor tiveram durante a pandemia, a importância dos eventos digitais e as perspectivas para o futuro. Continue com a gente e confira.
Boa leitura!
Como as empresas do setor sobreviveram durante a pandemia?
Eventos são uma das atividades que mais concentram pessoas em um mesmo local, quando feitos de forma presencial. Por isso, durante a pandemia, o segmento foi praticamente suspenso em todo mundo. Só aqui no Brasil, uma pesquisa realizada pelo Sebrae mostrou que a pandemia afetou 98% das empresas.
Diante deste cenário, as consequências negativas foram inevitáveis. No Rio de Janeiro, uma das cidades que mais recebem eventos na América do Sul, mais de 450 mil pessoas ficaram desempregadas por causa da paralisação das atividades.
No entanto, o mesmo estudo do Sebrae que apontou o impacto negativo na indústria, também mostrou que 35% das empresas conseguiram negociar suas dívidas, remanejar contratos e manter empregos dos funcionários.
Além da negociação de contratos, outra solução fundamental para a não paralização desta área durante a pandemia foi o investimento em eventos digitais. Uma modalidade que já era utilizada há algum tempo, mas que ficava em segundo plano diante do tamanho dos encontros presenciais.
Para se ter uma ideia, um estudo da plataforma de serviços online EventBrite mostrou que houve um crescimento de 2.000% na realização de eventos digitais durante os meses mais críticos da pandemia, abril e maio.
Mas, os eventos digitais vieram para ficar?
Não há dúvidas que os eventos digitais foram essenciais para que as empresas continuassem a manter as comunicações necessárias entre colaboradores, clientes e todos stakeholders. Porém, com a liberação gradativa das atividades e a retomada econômica, a pergunta que surge é se há espaço tanto para os eventos digitais quanto para os presenciais.
Logicamente, há pessoas que não abrem mão do fator físico. Ainda que com restrições, elas preferem o entretenimento presencial à praticidade e o dinamismo da transmissão digital — tendo em vista que os serviços digitais precisam ser mais diretos e relevantes para prender a audiência.
Por outro lado, ter os eventos digitais como únicas possibilidades de diversão, aprendizado, aperfeiçoamento etc., fez com que as pessoas descobrissem o prazer desse tipo de encontro. E, com a evolução tecnológica a todo vapor, é provável que elas se mantenham como usuários desse modelo por muito tempo.
Processo de criação dos projetos digitais.
Claro que o processo de criação dos eventos digitais é bem diferente dos encontros presenciais. Um evento físico demanda uma equipe muito maior de profissionais, que vão desde pessoas para a montagem da estrutura até trabalhadores da área de segurança.
Por outro lado, o desenvolvimento de eventos digitais não é tão “simples”. Além de uma estrutura e entretenimento bem planejados, é preciso garantir infra- estrutura para conexão e transmissão que suporte a participação de centenas ou milhares de pessoas.
Para os patrocinadores, a mescla de ambos os modelos também é interessante. Eventos digitais dificilmente vão sofrer com questões macroambientes como mudanças climáticas, engarrafamentos etc. Além disso, pessoas que não se sentem bem em meio a multidões tendem a marcar presença digitalmente.
Ou seja, uma vez agendado, dificilmente os eventos digitais deixarão de acontecer ou não terão espectadores. Assim, uma marca pode aumentar a sua exposição, aparecendo para multidões tanto no mundo físico quanto no mundo digital.
Já para as empresas que utilizam os eventos para enviar seus funcionários a palestras, treinamentos, festas etc., essa mescla também é interessante. Considerando que as grandes TMCs, como a Kontik, são capazes de atender aos dois modelos, há uma expansão no leque de possibilidades no fechamento de contratos daqui para frente.
Quais ideias podem ser aplicadas para os eventos presenciais e quais as perspectivas para 2021?
A retomada dos eventos presencias já está acontecendo, porém com muitas restrições. Diante da impossibilidade de abrir seus espaços para um número maior de pessoas, muitos empresários estão sem saber o que fazer para garantir um bom custo-benefício em cada evento.
Eles entendem que investir em infraestrutura e pessoal para receber um número baixo de usuários não é interessante. O retorno sobre investimento é baixo. Porém, há ideias surgindo.
Uma saída já utilizada em algumas cidades do país é o drive-in, eventos onde os espectadores ficam dentro dos seus carros. Alguns shows no Rio, São Paulo e outras capitais mostram que a ideia está sendo bem aceita pelo público.
Outra alternativa um pouco mais diferente foi adotada em um evento na Inglaterra. Os organizadores colocaram grades no meio do espaço para separar o público em pequenos grupos. Isso permitiu que pessoas que não tinham carros voltassem a acompanhar os shows e ainda mantivessem o distanciamento social.
O fato é que o grande número de possibilidades para eventos digitais e presenciais traz ótimas perspectivas para a indústria. Empresas que se viram em meio a incertezas há poucos meses, hoje já conseguem fazer planos positivos para 2021. E quando analisamos que os estudos para uma vacina definitiva estão cada vez mais avançados, o cenário se torna ainda mais promissor.
Em suma, se a sua empresas sempre adotou os eventos como parte estratégica do negócio, seja para a expansão da marca ou para aperfeiçoamento ou entretenimento da equipe de trabalho, essa é uma ótima oportunidade de otimizar ainda mais esse processo. Futuros contratos podem ser fechados aproveitando as vantagens tanto dos eventos digitais quanto dos eventos presenciais. Pense nisso.
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